Oposição articula CPI do INSS, mas ausência de apoio do PT levanta questionamentos

Imagem: Divulgação Câmara dos Deptados

A iniciativa da oposição em criar uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar supostas fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) ganhou força nesta semana, com a coleta de 259 assinaturas no Congresso Nacional. No entanto, a ausência de apoio de parlamentares do Partido dos Trabalhadores (PT), legenda do presidente Lula, tem gerado debates e levantado questionamentos sobre o real alcance e objetivos da investigação.

Falta de apoio petista em meio a denúncias de fraude

Enquanto a oposição, liderada pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT), alega a necessidade de apurar a fundo as denúncias de irregularidades e descontos indevidos em aposentadorias e pensões, o silêncio do PT no apoio à CPI chama a atenção. A ausência de assinaturas petistas contrasta com o apoio de parlamentares de outros partidos, inclusive alguns que integram a base governista, como o PSB do vice-presidente Geraldo Alckmin.

Contexto da Operação Sem Desconto

A articulação da CPI ocorre em meio à Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em abril, que investiga um esquema de fraudes bilionárias no INSS. A PF cumpriu centenas de mandados e identificou irregularidades em descontos de mensalidades associativas sobre os benefícios previdenciários.

Governo em ação: CGU já investigava o caso

O governo federal alega que a Controladoria-Geral da União (CGU) já havia iniciado apurações sobre o aumento de entidades e valores descontados de aposentados desde 2023. Auditorias foram realizadas em diversas entidades com Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) com o INSS.

Implicações políticas e próximos passos

A falta de apoio do PT à CPI do INSS levanta dúvidas sobre a imparcialidade da investigação e a possibilidade de que ela seja utilizada como instrumento de pressão política contra o governo. A decisão final sobre a instalação da CPMI caberá ao presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, que deverá avaliar o impacto da investigação no cenário político e econômico do país.

A ausência de apoio do PT pode enfraquecer a CPI ou, por outro lado, dar mais força à narrativa da oposição de que o governo tenta abafar as investigações. O desenrolar desse caso promete gerar intensos debates e polarização no Congresso Nacional.

Sobre Antonio furtado

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