![]() |
imagem: jcomp.freepik.com |
As bolsas de Nova York registraram um forte aumento nesta segunda-feira (12 de maio de 2025), impulsionadas por um acordo significativo entre os Estados Unidos e a China para reduzir as tarifas de importação. Este acordo, que visa diminuir as tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo, foi recebido com entusiasmo pelos investidores, que temiam uma possível recessão global.
Detalhes do Acordo
O pacto estabelecido prevê uma redução nas tarifas "recíprocas" sobre as importações durante um período de 90 dias. As taxas dos EUA sobre os produtos chineses diminuirão de 145% para 30%, enquanto as tarifas da China sobre os produtos americanos serão reduzidas de 125% para 10%.
Reação do Mercado
O anúncio do acordo provocou uma reação imediata nos mercados financeiros. Por volta das 12h, os principais índices de Nova York apresentaram o seguinte desempenho:
- Dow Jones: Subiu 2,44%
- S&P 500: Subiu 2,60%
- Nasdaq: Subiu 3,42%
Este aumento reflete o otimismo dos investidores, que veem o alívio das tensões comerciais como um sinal positivo para a economia global.
Contexto da Guerra Tarifária
As tarifas elevadas foram implementadas inicialmente pelo governo de Donald Trump, impactando significativamente o comércio global. Em abril, quando as primeiras tarifas foram anunciadas, as bolsas norte-americanas sofreram as maiores quedas em um único dia desde 2020, ano marcado pela pandemia de Covid-19.
O aumento das tarifas sobre produtos importados pelos EUA elevou os preços finais e os custos de produção, pressionando a inflação e reduzindo o consumo. A diminuição dessas taxas é vista como um passo importante para evitar uma desaceleração econômica ou uma recessão global.
Análise de Especialistas
Thomas Hayes, presidente da Great Hill Capital LLC, comentou à Reuters que o mercado precisa se "recalibrar" para a situação anterior ao aumento das tarifas, o que pode resultar em um crescimento econômico mais construtivo.
No entanto, alguns analistas permanecem cautelosos. Mark Williams, economista-chefe para a Ásia da Capital Economics, ponderou que, embora haja uma redução substancial na tensão, os EUA ainda impõem tarifas consideravelmente altas à China. Ele também alertou que não há garantia de que a trégua de 90 dias resultará em um cessar-fogo duradouro.
Impacto Global
O acordo entre China e EUA também teve um impacto positivo nas bolsas asiáticas. Na China, as bolsas fecharam em alta, e o yuan subiu para 7,2001 por dólar, atingindo o maior valor em seis meses.
As principais bolsas da China e de Hong Kong apresentaram o seguinte desempenho no fechamento:
- CSI 1000 (China): Subiu 1,40%
- Hang Seng (Hong Kong): Subiu 3,12%
As bolsas europeias também operaram em alta nesta segunda-feira, refletindo o sentimento global positivo.
Relembre a Guerra Tarifária
A guerra tarifária entre China e EUA se intensificou após o anúncio das tarifas de Trump em abril. A China foi um dos países mais afetados, com uma taxa adicional de 34% sobre os 20% já cobrados anteriormente. Em resposta, a China impôs tarifas extras de 34% sobre todas as importações americanas.
Os EUA retaliaram, estabelecendo um prazo para a China retirar as tarifas, sob pena de um aumento adicional de 50 pontos percentuais, elevando o total das tarifas para 104%. A China não cedeu e elevou as tarifas sobre produtos americanos de 34% para 84%.
Trump anunciou uma "pausa" no tarifaço contra outros países, mas manteve a China como exceção, elevando as tarifas sobre produtos chineses para 125%. Em 10 de abril, a Casa Branca esclareceu que as taxas de 125% foram somadas a uma tarifa de 20% já existente, resultando em uma alíquota total de 145%. A China respondeu elevando as tarifas sobre os produtos americanos para 125%.
Conclusão
O acordo entre China e EUA representa um alívio bem-vindo para os mercados globais, afastando o temor de uma recessão iminente. No entanto, analistas alertam para a necessidade de cautela, uma vez que a trégua é temporária e não há garantias de um acordo duradouro.
0 comentários:
Postar um comentário